quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Geração sem competências emocionais para lidar com a frustação

Só quando tentamos fazer algo, podemos aprender a fazê-lo.
Se fracassarmos, tentamos de novo.
E não há que temer fazê-lo, nem é nenhuma vergonha.
E nada se consegue sem esforço, sem cair e tentar de novo.


Nos dias de hoje, onde há pais sem tempo, a culpa reina. E muitos, quando estão com as crianças, ficam mais tendenciosos a proporcionar alegrias, fazer tudo aos seus filhos (mesmo o que eles podem fazer sozinhos) por falta de tempo com eles, do que ensiná-los responsabilidade, dar-lhes autonomia. Superprotegem ao invés de dar-lhes independência.

Já o Dr. Eduardo Sá fala desta problemática no seu livro "Hoje não vou à escola"
"O pai deve começar por exigir que o filho seja honesto e humilde, algo que, muitas vezes, não o faz. A humildade é uma coisa que faz muito bem à saúde, porque ajuda-nos a aprender com os erros. Tenho medo que estejamos a criar um mundo francamente batoteiro, que torna as crianças debilitadas em relação à frustração. Nós, às vezes, somos poucos tolerantes para com os erros das crianças e esquecemo-nos que errar é aprender. Depois de as crianças serem honestas e humildes, acho importante que elas sejam afoitas, mas que, ainda assim, estejam autorizadas a errar. Uma criança que não erra não é um bom aluno, é uma criança que se vai fragilizando à conta de boas notas."
Ler mais aqui: http://observador.pt/2014/09/25/eduardo-sa-os-bons-filhos-sao-aqueles-que-nos-trazem-problemas/
Mas com a tendência que os pais têm hoje em dia de fazer tudo pelos filhos, não os deixarem fazer sozinhos nem lhes darem autonomia, e sobretudo, darem-lhes tudo sem exigir nada em troca, dando-lhes a noção errada de que tudo se consegue sem esforço e sem necessidade de ficarem gratos pelos que lhes foi proporcionado, estamos a criar adolescentes e jovens adultos sem saber lidar com a frustração e sem humildade.

Esta é também a opinião partilhada por alguns pedopsiquiatras actualmente
"Preparada do ponto de vista das habilidades, inabilitada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, inabilitada porque despreza o esforço."
Ler o artigo completo em: http://uptokids.pt/opiniao/cronicas/geracao-inabilitada/


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

E quando a música vai com eles para todo o lado…


…festa discoteca.


Já houve aquele tempo em que o seu filho ia consigo no carro a ouvir as suas músicas, a sua estação de rádio preferida e em que cantavam as músicas em sintonia.

Mas hoje em dia, é ele que sugere novas músicas, que sintoniza o rádio e que canta músicas que os pais nunca ouviram. Claro, tudo porque é o que ouve com os seus amigos. Algumas músicas até são engraçadas, mas outras são de um gosto um pouco duvidoso… e as letras então, nem se fala.

Enfim, faz parte do crescimento e da sua tentativa de fazer parte de um bando. E esse bando não inclui os pais e os seus gostos! A playlist deles já não inclui muitos dos temas que ouvia connosco.

Mas a playlist continua a existir e vai com eles para todo o lado. E ele até gosta de dançar ao seu ritmo. Poderá ser uma óptima fase para fazer uma festa discoteca à noite mas num ambiente seguro e protegido. Leva a playlist, adiciona umas colunas, luzes, uma bola de espelhos e fumos, junta os amigos, e faz uma festa discoteca!